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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Capas de discos polêmicas que foram censuradas

Ao longo dos anos várias capas de discos foram censuradas e por isso tiveram que ser substituídas. Algumas foram censuradas apenas em alguns países, ou em um determinado tempo. Outras jamais voltaram a ser utilizadas. Confira aqui uma seleção com algumas das mais famosas capas censuradas:

  The Beatles - Yesterday and Today. Lançado em 1966, o disco tinha uma imagem do quarteto com roupas de açougueiro, com cabeças de bonecas e pedaços de carne. Apesar do sucesso das músicas, a capa foi muito criticada, e por isso substituída. Hoje existem poucos exemplares com a capa original, que para os colecionadores se tornaram muito valiosos. Recentemente em um leilão, um dos exemplares com a capa original foi vendido por 38.500 dólares.



Jimi Hendrix - Electric Ladyland. Um dos melhores álbuns da história, tinha como capa original uma fotografia de um grupo de belas mulheres nuas. Recusada pela gravadora, a capa acabou sendo substituída por uma foto da cabeça de Hendrix.




 Rolling Stones - Beggars Banquet. Lançado em 1968, o álbum trazia como capa uma fotografia de um banheiro sujo e repleto de pichações. As gravadoras fizeram a banda adiar o lançamento do álbum, que foi lançado com uma nova capa. Com a substituição dos discos de vinil pelos CDs, a capa original voltou a ser utilizada.





  Guns N' Roses - Appetite for Destruction. A capa que mostra uma mulher estuprada por um robô causou polêmica em alguns países. Nos EUA, país de origem do Guns n’ Roses, a capa foi substituída na época do lançamento pelo logo da banda.
 John Lennon e Yoko Ono - Two Virgins. A arte original foi logo censurada devido a imagem do casal nu. A partir daí o álbum foi lançado tampando a imagem original abaixo dos ombros.





 

Os 10 Frontmen mais polêmicos do rock

Rock n’ roll não combina com banquinho e violão, certo? Uma mistura de rebeldia, loucura e pura atitude é o que mantêm a contracultura viva no coração de todos os roqueiros.

Confira abaixo a lista dos mais audaciosos frontmen, que depois de muita pancadaria, destruição de quartos de hotéis e agito de públicos gigantescos, entraram para a história do rock.

Ozzy Osbourne
Expulso de sua própria banda, Black Sabbath, devido ao freqüente uso de drogas e apresentações destrutivas no fim dos anos 70, o ‘Madman’ Ozzy Osbourne mesmo em sua carreira sola não tomou jeito e continuou chocando o mundo com suas maluquices no palco. A maior delas foi quando, acreditando ser uma brinquedo de plástico, comeu a cabeça de um morcego em um show nos anos 80.

Jim Morrison
Arruaceiro de primeira, o vocalista Jim Morrison, da lendária banda The Doors, era um exímio consumidor de bebidas alcoólicas e muito ácido-lisérgico, o que provocava diversos incidentes. Em 1967, o cantor foi preso depois de incitar começar tumulto em um de seus shows; e também em 1969, quando mostrou para o público suas partes baixas!
 
Freddy Mercury
O vocalista do Queen por muitos é considerado um dos melhores cantores da história do rock. Farokh Bulsara, também conhecido por Freddy produziu junto de sua banda grandes hits além de canções épicas como a balada Bohemian Rhapsody. O cantor possui uma presença de palco inegualável, seu bigode e calças apertadas são sua marca registrada, lógico que junto de sua habilidade de conduzir o público.

Kurt Cobain
Quando o Nirvana explodiu no começo dos anos 90 com suas músicas de ira, depressão e dúvida, Kurt Cobain tornou um ícone imediato para milhares de jovens que rapidamente se identificaram com sua mensagem. Encrenqueiro, polêmico e auto-destrutivo, o cantor mostrou toda a sua fúria contra a cultura pop. O irônico: a cultura pop adorou Kurt.

Axl Rose
Com comportamento agressivo, Axl Rose, líder da banda Guns n’ Roses, é um briguento inveterado: já foi processo por bater em fotógrafos nos seus shows, jogou um televisor do quarto de hotel na primeira vinda da banda ao Brasil, brigou com os membros originais da banda e, em seu último show por aqui, ameaçou a parar o show depois que alguém lhe jogou um copo de cerveja.

Jimi Hendrix
O lendário guitarrista entre muitas de suas polêmicas, sem dúvida a mais famosa foi atear fogo em sua guitarra durante um solo épico, como você pode conferir no vídeo abaixo. Com muita expressão e solos intermináveis de pura psicodelia, Hendrix fazia multidões irem a beira da loucura aos sons de sua guitarra.

Cazuza
Ex-líder da banda carioca Barão Vermelho e depois cantor solo, Cazuza revolucionou o rock nacional pregando ódio ao tédio e a caretice generalizada. Do início da carreira até a sua morte por AIDS, em 1990, seu espírito satírico e sua atitude rebelde dentro e fora do palco chocaram a mídia e a sociedade brasileira.

Noel Gallagher
Conhecido como uma das pessoas mais mal humoradas do rock internacional, o vocalista da extinta banda Oasis, Noel Gallegher coleciona atitudes infames como frontman. Brigas com fotógrafos e jornalistas, entrevistas polêmicas sobre drogas e sua ex-banda (ele já chegou a afirmar que eram maiores que os Beatles) e a eterna rixa com seu irmão Liam, que ocasionou o fim da banda, são apenas alguns exemplos.

Cássia Eller
Homossexual, irreverente e cheio de energia, Cássia Eller foi uma das maiores cantoras do Brasil. Sua atitude rebelde e despretensiosa escandalizou diversos conservadores; mas também agradou milhares de fãs.

Iggy Pop
O pai do punk sempre chocou todos no palco. Maluco e inconseqüente, Iggy se cortava com vidro no meio da apresentação, enchia a plateia de porrada e estava sempre sob efeitos de inúmeras drogas. Hoje, aos 62 anos e mais calmo, o cantor revelou que se aposentou do ‘mosh’, depois de sofre um belo tombo em um show em Nova York.
 

Metallica e Megadeth: atrito entre as bandas nunca existiu

Em entrevista à Revolver Magazine, o baterista do METALLICA, Lars Ulrich, falou sobre um de seus assuntos preferidos: Dave Mustaine, é claro.
Megadeth: Não lembro de ouvir o primeiro disco, mas quando “Peace Sells” saiu em 1986, me chapou. Se tornou meu disco favorito por um longo tempo. Dave costumava tocar bastante em San Francisco. Sempre ia encontrá-lo. Bebíamos, nos drogávamos e ficávamos ali, largados. Naquele tempo, superamos nossos problemas.
Lembro que na turnê do “…And Justice For All”, tocamos em Irvine Meadows, perto de Los Angeles. Dave apareceu e nos acompanhou nos dois últimos shows da excursão. Antes disso, lembro de ter mostrado o álbum para ele às cinco da manhã em um apartamento. Tínhamos uma amizade legal naquela época.
Foi só quando as duas bandas começaram a crescer que as antipatias surgiram. Apareceu na imprensa, o que era algo diferente do que tínhamos quando éramos menores. Eles amaram alimentar a rivalidade entre METALLICA e MEGADETH. Penso que essa confusão acabou ganhando vida própria. Podemos dizer que essas comparações transcenderam nossas relações pessoais, fazendo com que tudo ficasse mais frio nos 1990s.
Os momentos de crise na amizade: Fizemos alguns shows com o MEGADETH em 1993, no fim da tour do “Black Album”. Ficamos próximos novamente por uns tempos. Nos reencontramos em 1999, na Inglaterra. Dave estava em uma viagem promocional, apareceu e nos mostrou algumas músicas de “Risk”. Sempre acabávamos saindo juntos quando estávamos na mesma cidade.
A coisa ficou realmente feia depois do documentário “Some Kind Of Monster”. Aquela cena com ele fez com que ficássemos quatro, cinco anos sem contato. Mas antes disso, sempre nos víamos. Eram duas trajetórias paralelas. Tinha a briga entre METALLICA e MEGADETH na imprensa de um lado, Dave e Lars saindo junto e fazendo suas coisas do outro. Era algo do tipo “Espera aí, eu não deveria gostar desse cara, é o que está escrito na Kerrang dessa semana!”. Muito estranho.

sábado, 19 de maio de 2012

Restart não é rock

Acabei de ler um post que dizia que o Restart era rock de verdade isso me intrigou um pouco, o que é rock ?

  Rock é tudo aquilo que um jovem ama e seus pais desprezam. Rock é rebelião adolescente. Arte, poesia, sucesso, “tocar bem” .  Rock não é só "roupas pretas" mais sim um estilo,uma forma de protesto usado a musica para isso.

  O rock brasileiro estagnou, sem nem uma banda nova de qualidade sempre os mesmos "dinosauros" Titãs,Paralamas,Charlie Brown Jr. e etc......,mais não significa que qualquer uma banda pode ser chamada de o novo rock brasileiro com essas musicas comercias sem atitude alguma, sem conteúdo. 

  Será mesmo que o Restart é rock de verdade com esse som comercial, com musicas com  refrão pegajosos,com esse jeitinho deles colorido?

 Vou dar alguns motivos para o Restart não ser um banda de  rock:

  O rock já mostrou o dedo médio (Johnny Cash), a língua (Rolling Stones), fez chifrinho com a mão (Black Sabbath) e cerrou os punhos (Rage Against The Machine). Todos eloquentes sinais de contestação, rebeldia e provocação. Nos anos 2010, eis que o Restart inventa de se comunicar com seus fãs unindo as duas mãos pelas pontas dos dedos, de modo a formar um “coração de mãozinha”. A plateia vai ao delírio com o gesto, que tem como variação o "coração de braço", feito com dois integrantes, que unem seus braços no símbolo do amor.
 
  Para os padrões familiares, o rock sempre foi feio, sujo ou malvado. A fama vem também da roupa – geralmente, jaqueta de couro, jeans rasgado, coturno militar e correntes pesadas. O Restart, em vez disso, criou a moda de camisetas e calças de cores vibrantes, com jeito de recém-saídas da loja. Bastante apropriadas para uma boy band como a oitentista Menudos – com adição de cabelo de calopsita.
   
   Há quem veja poesia nas letras de alguns medalhões do rock, como Lou Reed ou Bob Dylan. A verdade é que isso nunca importou tanto. Mas tudo tem limite. Igualar as rimas em sacarose à pobreza das letras dignas de breganejo universitário, pode ser considerado o penúltimo prego no caixão do rock. Restart bate esse martelo com louvor, confira abaixo:

Deixe eu te fazer feliz
Como eu sonhei, como você sempre quis
(Amanhecer no teu Olhar, Restart)

Eu escutei sua voz ao vento
Senti seu cheiro cada vez mais perto
(Sinais, Luan Santana)

 ‘A família Restart não vai deixar barato!’, bradou uma menina, para em seguida pronunciar uma frase sem pé nem cabeça, por causa de um show da banda que foi cancelado. A presepada virou hit no Youtube. Se não estão unidos por laços de sangue, fãs e membros da banda esbanjam união em frases desconexas, corações de mãozinha e muita, muita alegria. Mas há um problema na gênese da idéia: o rock não é coisa de família – o que se explica a seguir.

  Se o seu pai gosta – ou não se preocupa – não pode ser bom. Essa é uma espécie de lei do rock, que tem uma história pautada pela ousadia e pela contestação. De Beatles a Iggy Pop, de The Cure a Sepultura, o estilo musical sempre causou discórdia em casa. Adolescentes de um lado, pais de outro. O rock é contra o sistema, seja ele qual for, inclusive o familiar. Uma família colorida que não se rebela, nem protesta contra nada, e sorri sem economia, é o sonho de todo pai de adolescente. Rock é outra coisa.