Em entrevista à Revolver Magazine, o baterista do METALLICA, Lars Ulrich, falou sobre um de seus assuntos preferidos: Dave Mustaine, é claro.
Megadeth: Não lembro de ouvir o primeiro disco,
mas quando “Peace Sells” saiu em 1986, me chapou. Se tornou meu disco
favorito por um longo tempo. Dave costumava tocar bastante em San
Francisco. Sempre ia encontrá-lo. Bebíamos, nos drogávamos e ficávamos
ali, largados. Naquele tempo, superamos nossos problemas.
Lembro que na turnê
do “…And Justice For All”, tocamos em Irvine Meadows, perto de Los
Angeles. Dave apareceu e nos acompanhou nos dois últimos shows da
excursão. Antes disso, lembro de ter mostrado o álbum para ele às cinco
da manhã em um apartamento. Tínhamos uma amizade legal naquela época.
Foi só quando as duas bandas
começaram a crescer que as antipatias surgiram. Apareceu na imprensa, o
que era algo diferente do que tínhamos quando éramos menores. Eles
amaram alimentar a rivalidade entre METALLICA e MEGADETH.
Penso que essa confusão acabou ganhando vida própria. Podemos dizer que
essas comparações transcenderam nossas relações pessoais, fazendo com
que tudo ficasse mais frio nos 1990s.
Os momentos de crise na amizade: Fizemos alguns shows com o MEGADETH
em 1993, no fim da tour do “Black Album”. Ficamos próximos novamente
por uns tempos. Nos reencontramos em 1999, na Inglaterra. Dave estava em
uma viagem promocional, apareceu e nos mostrou algumas músicas de
“Risk”. Sempre acabávamos saindo juntos quando estávamos na mesma
cidade.
A coisa ficou realmente feia depois do documentário “Some
Kind Of Monster”. Aquela cena com ele fez com que ficássemos quatro,
cinco anos sem contato. Mas antes disso, sempre nos víamos. Eram duas
trajetórias paralelas. Tinha a briga entre METALLICA e MEGADETH
na imprensa de um lado, Dave e Lars saindo junto e fazendo suas coisas
do outro. Era algo do tipo “Espera aí, eu não deveria gostar desse cara,
é o que está escrito na Kerrang dessa semana!”. Muito estranho.
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